sexta-feira, 21 de agosto de 2015

V ENCONTRO DA REESCRITA 2015 - Memória.

6.º ENCONTRO – DIA 10 /08/2015 (PUC Goiás – Área I, Bloco F, salas 404 e 405)

1. Tema: Concepções de currículo

2. Objetivo:
Revisitar a abordagem de organização curricular por nós adotada e firmada na atual Proposta Político-Pedagógica, numa perspectiva crítico-reflexiva em relação aos objetivos, pressupostos, tendências e critérios que fazem parte dessa abordagem e, sobretudo, em relação à sua efetiva concretização nas unidades escolares.
Ampliar o estudo sobre currículo a partir de textos da obra Currículo, território em disputa, de Miguel Arroyo, verificando em que medida eles trazem contribuições (consonantes e/ou dissonantes) à abordagem curricular por nós já adotada.

3. Memória: breve retomada do 5º encontro (mesa redonda sobre os sujeitos da EAJA). Proposta: Um e/ou dois participantes do GTE serão convidados a fazer essa retomada histórica dos estudos feitos sobre os sujeitos da EAJA.

4. Ações estratégicas:
4.1 Retomada, no “Pergaminho”, às problematizações sobre organização curricular, levantadas previamente pelo GTE, para diálogo com a “Sistematização dos eixos do currículo referentes ao acompanhamento pelas URE durante o 2º semestre de 2014”.
4.2 Subdivisão do grupo para reflexão coletiva da abordagem de organização curricular da PPP da EAJA, a partir de problematizações.
4.3 Socialização coletiva das reflexões feitas nos subgrupos e encaminhamentos teórico-metodológicos.

5. Encaminhamentos:
Estudo do texto Currículo, território em disputa, de Miguel Arroyo, para trabalho no próximo encontro.

Memória do 5º GTE – GRUPO AMARELO

O início do GTE sobre “Concepções de Currículo” foi de livre retomada dos encontros anteriores, na busca por estabelecer relações/conexões entre os estudos feitos anteriormente, especialmente sobre os sujeitos da EAJA, e as abordagens de currículo.
Eduardo pontuou a necessidade de buscarmos referenciais novos e diversificados para promovermos a discussão do sistema de classes, buscando a compreensão sobretudo da classe trabalhadora.
Adão sugeriu que verificássemos quem são efetivamente os sujeitos educandos da EAJA, apontando para a necessidade de conhecermos, através de uma pesquisa, quem são efetivamente esses sujeitos, atualmente, para compreendermos suas reais necessidades e demandas e, ainda, para empreendermos ações de acesso e permanência dos educandos nas escolas, baseando-nos em dados, e não em suposições e/ou ideias que talvez já estejam superadas.
Warlúcia, então, socializou o instrumento de pesquisa do perfil dos sujeitos educandos da EAJA que vem sendo construído numa ação parceira entre a Gerência de Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos; a Gerência de Inclusão, Diversidade e Cidadania; o Núcleo de Apoio e Pesquisa; e o Núcleo de Tecnologia e Educação, visando justamente atualizar as informações sobre os sujeitos educandos da EAJA, o que subsidiará a elaboração de políticas e decisões organizacionais e didático-metodológicas ainda mais coerentes e socialmente qualificadas. Warlúcia ainda trouxe o caráter dialógico de construção e aplicação desse instrumento, falando da necessidade de promover a sua socialização para a análise de todos e, também, elaboração de estratégias coletivas de aplicação e análise de dados.
Juliana posicionou-se favorável a essa ação de pesquisa, reiterando a importância de conhecermos melhor as pessoas com que trabalhamos na EAJA, num movimento de superação de conceitos e posicionamentos ultrapassados sobre esses sujeitos.
Jovenília falou sobre o mapeamento que a Gerência de Inclusão, Diversidade e Cidadania vem realizando na RME (Rede Municipal de Educação) para encaminhar propostas de atendimento especializado aos educandos com necessidades educacionais especiais da EAJA.
Márcia então buscou relacionar a temática dos sujeitos da EAJA às concepções de currículo, chamando a atenção para a necessidade de conhecermos esses sujeitos, para delinearmos propostas curriculares que atendam aos seus anseios e necessidades. Chamou a atenção para alguns aspectos: “Que currículo é esse de conteúdo programático pronto que não dialoga com a realidade e as necessidades de saber dos seus sujeitos?” “Como abordar as questões de gênero e de conflitos etnico-raciais, enfrentados diariamente pelos sujeitos, mas muitas vezes negligenciados por currículos pré-formatados?” Márcia ressaltou o papel do currículo no processo de ensino e aprendizagem, pois, afinal, ele viabiliza a construção de conhecimentos.
Então, foi promovida a dinâmica de estudo em subgrupos para a reflexão coletiva da abordagem de organização curricular da PPP da EAJA, a partir das seguintes problematizações:
1. Em que medida o conhecimento sobre os sujeitos da EAJA relaciona-se à abordagem de currículo e propostas didático-metodológicas?
2. Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia afirma que toda prática educativa demanda a existência de sujeitos, um que ensinando, aprende, outro que, aprendendo, ensina, daí o seu cunho gnosiológico; a existência de objetos, conteúdos a serem ensinados e aprendidos; envolve o uso de métodos, de técnicas, de materiais; implica, em função de seu caráter diretivo, objetivo, sonhos, utopias, ideais (2009, p. 69 e 70). Tendo Freire como referência, como superar práticas pedagógicas que têm em livros didáticos seu norteamento e concepções tradicionais de ensino e aprendizagem?
3. Pode-se dizer que a interdisciplinaridade concretiza-se na ação pedagógica à medida que o coletivo de professores estabelece o diálogo e a cooperação entre os componentes curriculares, rompendo com a fragmentação do conhecimento e possibilitando a criticidade. Como elaborar propostas didático-metodológicas que possibilitem a efetivação da interdisciplinaridade?

Depois de socializados e debatidos os posicionamentos de alguns dos subgrupos apareceram assim:

O conhecimento sobre os sujeitos da EAJA relaciona-se diretamente à abordagem de currículo e proposta didático–metodológicas, uma vez que não é possível assumir, propor uma abordagem de currículo sem se saber quem são os sujeitos envolvidos no processo.
Na tentativa de superação de práticas pedagógicas que têm livros didáticos como norteamento e concepções tradicionais de ensino e aprendizagem deve-se buscar a compreensão/conhecimento do sujeito, assim como compreender a dimensão pedagógica, política, ética e estética da ação educativa.
A partir do trabalho coletivo; conhecimento do sujeito (diálogo, participação); clareza dos objetivos da aprendizagem; ouvir o aluno e também o professor; garantia do espaço do trabalho coletivo pela coordenação.”

A abordagem do currículo requer o conhecimento do sujeito, de direitos, a partir do respeito promover o seu despertar para que se perceba enquanto sujeito.
Uma organização curricular que propicie o conhecimento dos sujeitos e o currículo com significado para o aluno, utilizando o livro didático como apoio e prática no cotidiano do educando.
Tudo isso perpassa pelo comprometimento político do profissional, associado ao conhecimento técnico, pensando na amplitude das propostas didático-metodológicos que possibilite acesso à cultura dentro e fora dos espaços educacionais, a partir de um trabalho coletivo, por meio do diálogo e cooperação.
Porém, há uma realidade de três faixas etárias (adolescente, jovem, idoso) na escola; problemas de identificação do professor e a tendência do coletivo único (escolas agrupadas), que leva à dificuldade na efetivação da PPP, uma vez que o diálogo fica comprometido e, assim, o currículo interdisciplinar.
Toda a logística operacional da proposta na rede deve propiciar a efetivação de direitos, enquanto sujeitos plenos que são (deveriam ser!) os educandos da EAJA.”

Há necessidade de se pensar nos sujeitos envolvidos no processo para que se possa elaborar um currículo coerente para esse público específico.
A PPP da EAJA de modo geral que nos encaminha é desconhecida, o currículo acaba por ser conteudista e sem direção.
Viabilizar a PPP pensando o sujeito no contexto social, envolvendo todos os atores da escola (discente, docente, administrativo).
Facilitar e/ou promover o diálogo educador-educandos, educando-educando, educador-educando para elaboração do currículo.
Interdisciplinar – Planejamento coletivo, a partir dos coletados no diagnóstico inicial.
Planejamento coletivo mensal, horário de estudo semanal e rotativo mensal (em duplas ou trios)
Plano de ação que seja efetivado partindo do coletivo para o rotativo.

A inserção do currículo integrado da educação básica com a educação profissional no município para o segundo segmento.”  

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