6.º
ENCONTRO – DIA 10 /08/2015 (PUC Goiás – Área I, Bloco F, salas
404 e 405)
1.
Tema: Concepções
de currículo
2.
Objetivo:
Revisitar
a abordagem de organização curricular por nós adotada e firmada na
atual Proposta Político-Pedagógica, numa perspectiva
crítico-reflexiva em relação aos objetivos, pressupostos,
tendências e critérios que fazem parte dessa abordagem e,
sobretudo, em relação à sua efetiva concretização nas unidades
escolares.
Ampliar
o estudo sobre currículo a partir de textos da obra Currículo,
território em disputa, de
Miguel Arroyo, verificando em que medida eles trazem contribuições
(consonantes e/ou dissonantes) à abordagem curricular por nós já
adotada.
3.
Memória: breve
retomada do 5º encontro (mesa redonda sobre os sujeitos da EAJA). Proposta:
Um e/ou dois
participantes do GTE serão convidados a fazer essa retomada
histórica dos estudos feitos sobre os sujeitos da EAJA.
4.
Ações estratégicas:
4.1
Retomada, no “Pergaminho”, às problematizações sobre
organização curricular, levantadas previamente pelo GTE, para
diálogo com a “Sistematização dos eixos do currículo referentes
ao acompanhamento pelas URE durante o 2º semestre de 2014”.
4.2
Subdivisão do grupo para reflexão coletiva da abordagem de
organização curricular da PPP da EAJA, a partir de problematizações.
4.3
Socialização coletiva das reflexões feitas nos subgrupos e
encaminhamentos teórico-metodológicos.
5.
Encaminhamentos:
Estudo
do texto Currículo,
território em disputa, de
Miguel Arroyo, para trabalho no próximo encontro.
Memória
do 5º GTE – GRUPO AMARELO
O
início do GTE sobre “Concepções de Currículo” foi de livre
retomada dos encontros anteriores, na busca por estabelecer
relações/conexões entre os estudos feitos anteriormente,
especialmente sobre os sujeitos da EAJA, e as abordagens de
currículo.
Eduardo
pontuou a necessidade de buscarmos referenciais novos e
diversificados para promovermos a discussão do sistema de classes,
buscando a compreensão sobretudo da classe trabalhadora.
Adão
sugeriu que verificássemos quem são efetivamente os sujeitos
educandos da EAJA, apontando para a necessidade de conhecermos,
através de uma pesquisa, quem são efetivamente esses sujeitos,
atualmente, para compreendermos suas reais necessidades e demandas e,
ainda, para empreendermos ações de acesso e permanência dos
educandos nas escolas, baseando-nos em dados, e não em suposições
e/ou ideias que talvez já estejam superadas.
Warlúcia,
então, socializou o instrumento de pesquisa do perfil dos sujeitos
educandos da EAJA que vem sendo construído numa ação parceira
entre a Gerência de Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos; a
Gerência de Inclusão, Diversidade e Cidadania; o Núcleo de Apoio e
Pesquisa; e o Núcleo de Tecnologia e Educação, visando justamente
atualizar as informações sobre os sujeitos educandos da EAJA, o que
subsidiará a elaboração de políticas e decisões organizacionais
e didático-metodológicas ainda mais coerentes e socialmente
qualificadas. Warlúcia ainda trouxe o caráter dialógico de
construção e aplicação desse instrumento, falando da necessidade
de promover a sua socialização para a análise de todos e, também,
elaboração de estratégias coletivas de aplicação e análise de
dados.
Juliana
posicionou-se favorável a essa ação de pesquisa, reiterando a
importância de conhecermos melhor as pessoas com que trabalhamos na
EAJA, num movimento de superação de conceitos e posicionamentos
ultrapassados sobre esses sujeitos.
Jovenília
falou sobre o mapeamento que a Gerência de Inclusão, Diversidade e
Cidadania vem realizando na RME (Rede Municipal de Educação) para
encaminhar propostas de atendimento especializado aos educandos com
necessidades educacionais especiais da EAJA.
Márcia
então buscou relacionar a temática dos sujeitos da EAJA às
concepções de currículo, chamando a atenção para a necessidade
de conhecermos esses sujeitos, para delinearmos propostas
curriculares que atendam aos seus anseios e necessidades. Chamou a
atenção para alguns aspectos: “Que currículo é esse de conteúdo
programático pronto que não dialoga com a realidade e as
necessidades de saber dos seus sujeitos?” “Como abordar as
questões de gênero e de conflitos etnico-raciais, enfrentados
diariamente pelos sujeitos, mas muitas vezes negligenciados por
currículos pré-formatados?” Márcia ressaltou o papel do
currículo no processo de ensino e aprendizagem, pois, afinal, ele
viabiliza a construção de conhecimentos.
Então,
foi promovida a dinâmica de estudo em subgrupos para a reflexão
coletiva da abordagem de organização curricular da PPP da EAJA, a
partir das seguintes problematizações:
1.
Em que medida o
conhecimento sobre os sujeitos da EAJA relaciona-se à abordagem de
currículo e propostas didático-metodológicas?
2.
Paulo
Freire em Pedagogia
da Autonomia
afirma que toda prática educativa demanda a existência de sujeitos,
um que ensinando, aprende, outro que, aprendendo, ensina, daí o seu
cunho gnosiológico; a existência de objetos, conteúdos a serem
ensinados e aprendidos; envolve o uso de métodos, de técnicas, de
materiais; implica, em função de seu caráter diretivo, objetivo,
sonhos, utopias, ideais (2009, p. 69 e 70). Tendo Freire como
referência, como superar práticas pedagógicas que têm em livros
didáticos seu norteamento e concepções tradicionais de ensino e
aprendizagem?
3.
Pode-se
dizer que a interdisciplinaridade concretiza-se na ação pedagógica
à medida que o coletivo de professores estabelece o diálogo e a
cooperação entre os componentes curriculares, rompendo com a
fragmentação do conhecimento e possibilitando a criticidade. Como
elaborar propostas didático-metodológicas que possibilitem a
efetivação da interdisciplinaridade?
Depois
de socializados e debatidos os posicionamentos de alguns dos
subgrupos apareceram assim:
“O
conhecimento sobre os sujeitos da EAJA relaciona-se diretamente à
abordagem de currículo e proposta didático–metodológicas, uma
vez que não é possível assumir, propor uma abordagem de currículo
sem se saber quem são
os sujeitos
envolvidos no processo.
Na
tentativa de superação de práticas pedagógicas que têm livros
didáticos como norteamento e concepções tradicionais de ensino e
aprendizagem deve-se buscar a compreensão/conhecimento do sujeito,
assim como compreender a dimensão pedagógica, política, ética e
estética da ação educativa.
A
partir do trabalho coletivo; conhecimento do sujeito (diálogo,
participação); clareza dos objetivos da aprendizagem; ouvir o aluno
e também o professor; garantia do espaço do trabalho coletivo pela
coordenação.”
“A
abordagem do currículo requer o conhecimento do sujeito, de
direitos, a partir do respeito promover o seu despertar
para que se perceba enquanto sujeito.
Uma
organização curricular que propicie o conhecimento dos sujeitos e o
currículo com significado para o aluno, utilizando o livro didático
como apoio e prática no cotidiano do educando.
Tudo
isso perpassa pelo comprometimento político do profissional,
associado ao conhecimento técnico, pensando na amplitude das
propostas didático-metodológicos que possibilite acesso à cultura
dentro e fora dos espaços educacionais, a partir de um trabalho
coletivo, por meio do diálogo e cooperação.
Porém,
há uma realidade de três faixas etárias (adolescente, jovem,
idoso) na escola; problemas de identificação do professor e a
tendência do coletivo único (escolas agrupadas), que leva à
dificuldade na efetivação da PPP, uma vez que o diálogo fica
comprometido e, assim, o currículo interdisciplinar.
Toda
a logística operacional da proposta na rede deve propiciar a
efetivação de direitos, enquanto sujeitos plenos que são (deveriam
ser!) os educandos da EAJA.”
“Há
necessidade de se pensar nos sujeitos envolvidos no
processo para que se possa elaborar um currículo coerente para esse
público específico.
A
PPP da EAJA de modo geral que nos encaminha é desconhecida, o
currículo acaba por ser conteudista e sem direção.
Viabilizar
a PPP pensando o sujeito no contexto social, envolvendo todos os
atores da escola (discente, docente, administrativo).
Facilitar
e/ou promover o diálogo educador-educandos, educando-educando,
educador-educando para elaboração do currículo.
Interdisciplinar
– Planejamento coletivo, a partir dos coletados no diagnóstico
inicial.
Planejamento
coletivo mensal, horário de estudo semanal e rotativo mensal (em
duplas ou trios)
Plano
de ação que seja efetivado partindo do coletivo para o rotativo.
A
inserção do currículo integrado da educação básica com a
educação profissional no município para o segundo segmento.”